Depois de mais de 30 anos à frente do Chiclete com Banana, Bell Marques se despediu dos vocais do grupo durante o Carnaval de Salvador e encara o desafio da carreira solo. Segundo o músico, a decisão, que chocou até os fãs mais fervorosos, foi uma das mais difíceis de sua carreira. Mesmo assim, ele não nega a felicidade com sua nova fase.
"Veja bem, foi uma decisão complicada, provavelmente a mais difícil da minha carreira, mas eu já vinha estudando a possibilidade há algum tempo. Então, achamos, de bem comum, os meus sócios ficarem com a marca Chiclete com Banana. E eu tô muito feliz, é um momento especial. Sou uma pessoa movida a desafios. Estou trabalhando além do normal, porque sai de uma estrutura grande pra construir outra do começo, mas tá tudo dando certo", garantiu o cantor, em entrevista ao Zoeira.
Na comemoração de 21 anos do Sirigüella, que acontece amanhã, 29, no Marina Park Hotel, Bell Marques não perde tempo e já traz novidades para os fãs, que ele faz questão de deixar claro: o apoiaram desde o primeiro momento da transição, apesar do baque inicial. "O que achei mais legal foi ver a reação que os fãs tiveram, pessoas que são atrevidas igual a mim. Alguns me disseram: ‘Sou fã do Chiclete com Banana, estou triste, mas, se foi bom pra você, nós concordamos", faz questão de frisar.
Sobre a nova fase, ele define como uma "grande mistura". "Sempre quis ter uma banda grande, então, fiz isso. Juntei novos instrumentos para dar uma sonoridade diferente, como o violino e o violoncelo, junto com o baixo, teclado, bateria e guitarra. Além disso, adicionei mais uma guitarra, pois sentia falta quando ia fazer um riff. Eu sou do rock, meu começo de carreira é do rock, então, inspirado em bandas inglesas que fazem um som pesado, adicionei mais uma guitarra, o violino e violoncelo", comenta.
Essa sonoridade peculiar já é perceptível no novo projeto de Bell, "Vumbora", lançado antes do cantor puxar o bloco homônimo, na terça-feira da folia de Momo. Dentre as dez faixas que compõe o novo trabalho do cantor, estão "Vumbora, vumbora" e "Amor bacana". Em dois meses, ele adianta, um disco será lançado. Além das dez músicas já definidas, o CD, que ainda não tem nome definido, terá mais duas ou três canções inéditas.
Mesmo com repertório cheio de músicas novas, Bell Marques garante que não deixará fora do show os sucessos já consagrados pela banda. "As músicas foram eternizadas na minha voz, então elas são minhas também. Tenho mais de 200 composições em parceria com outras pessoas. Se eles vão continuar tocando, eu também posso. Assim como sempre fiz, vou tocar músicas de outros artistas, as músicas novas e canções do Chiclete com Banana".
O cantor ainda faz questão de falar da parceria com o Sirigüella, que continua. "Uma das coisas mais bacanas é que, quando anunciei que ia sair do Chiclete, o pessoal me comunicou logo em seguida que eu iria continuar. Então notei que assim como os cearenses, o bloco, que é o grande representante dos meus fãs, confia no meu trabalho e em mim. Neste sábado, vou me esforçar pra fazer uma festa linda. Tô levando um cenário bacana, um repertório legal e a ‘big band’ tá preparada", garante o cantor baiano.
Por fim, Bell Marques também comentou sobre o nome escolhido para assumir o seu lugar nos vocais do grupo, Rafa Chaves. "Não o conheço trabalhando, mas tenho que dizer que se ele foi escolhido é porque é um excelente músico", observa.
Na nova fase, ele mostra que não tem arrependimento e faz questão de desejar sorte aos antigos colegas de trabalho. "Desejo sucesso, de todo o coração, claro, pois foi uma banda que criei. Confesso que não sei de nada da parte musical, só como vocês sabem, que o Rafa vai ficar nos vocais, mas tô torcendo pra caramba", finaliza.
Fonte: Diariodonordeste.verdesmares.com.br
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