Além de astros do axé, Durval Lelys (ex-Asa de Águia) e Bell Marques (ex-Chiclete com Banana) são amigos há bastante tempo. Dividir o palco, como fazem amanhã no Riocentro, é comum. “São muitos carnavais. Durval é quase da família”, diz Bell sobre o camarada, para quem já fez uma música, ‘Alô Durvalino Meu Rei’. É coisa de família mesmo: Durval já se apresentou até com a banda dos filhos de Bell, Oito7Nove4. No palco do Centro de Convenções, a dupla celebra a amizade e bota os micareteiros do Rio para pular, na estreia carioca de suas carreiras solo.
Durval deu um tempo no Asa de Águia, e Bell saiu em definitivo do Chiclete com Banana. A apresentação de amanhã rola em terreno conhecido para os dois, já que o local abrigou muitas micaretas. “O Asa fez shows lá, até gravamos DVD no Riocentro”, lembra Durval, que, entre os muitos hits do Asa, apresenta para os esperados sete mil fãs sua música nova, ‘Vê o Que Restou’, prometendo um álbum acústico para breve. Bell, que tem até bloco para sua carreira solo, o Vumbora — mesmo nome de seu primeiro disco, já lançado digitalmente —, vem com mais sucessos e novidades como ‘Amor Bacana’ e ‘Nicolau’.Sobre um encontro dos dois no palco do Riocentro, não há nada planejado ainda. “Se acontecer, vai ser bem espontâneo”, diz Bell. O cantor do Asa costuma encarnar vários personagens em seus shows, como o Pastor Dom Duriel (sempre na música ‘Xô Satanás’). No palco do Riocentro não deve ser diferente. “Mas é surpresa, tem que ir pra ver”, faz suspense o cantor. A tarde de axé tem ainda o bloco de funk Carrossel de Emoções e os DJs Tartaruga (Esquenta), Ronaldo, Nelsinho (FM O Dia) e Bacalhau (Transamérica).
Sucessos, músicas inéditas e novos horizontes
Para o Riocentro, Bell Marques promete um repertório que vai “de Raul Seixas a Maria Rita”, mas sem deixar de lado sucessos como ‘100% Você’, ‘Quero Chiclete’, ‘Cara Caramba Sou Camaleão’ e ‘Grito de Guerra’. A história de Durval Lelys com o Asa de Águia, com músicas como ‘Não Tem Lua’, ‘Quebra Aê’ e ‘Dança da Manivela’, toma conta de boa parte de seu show. Fora isso, o Asa e o Chiclete Com Banana são página virada para os dois até o momento. Bell anunciou a saída do Chiclete no ano passado, e Durval fez o mesmo com o Asa em abril.
“Eu não estava mais satisfeito. Não houve nada pontual que me fizesse refletir sobre isso. Sempre me perguntavam se eu ainda sentia frio na barriga depois de tantos anos. E teve um dia em que esse frio na barriga não apareceu. É a emoção que move o artista, aquela ansiedade de subir e tocar. Eu estava precisando de uma mudança radical, precisava me arriscar, de um novo desafio”, conta o ex-Chiclete.
A banda prossegue sem ele, com Rafa Chaves no vocal, e música nova, ‘De Braços Abertos’. Por ele ser sócio dos ex-colegas na banda e em negócios, a separação ainda não rolou 100%. “O que já é certo é que, em Salvador, fico com o Camaleão e, em Fortaleza, fiquei com o Siriguella, dois dos mais tradicionais blocos de Carnaval”, diz o cantor.
À frente do Asa há quase três décadas, Durval deu um tempo no grupo e em todos os negócios que o envolvem (bloco, micareta etc.) para poder focar apenas na música. “Eu quis ter apenas as responsabilidades de cantar e compor, pois essa é a minha essência. Para isso, eu tive que me reestruturar e colocar a minha carreira nas mãos da produtora que me acompanha há muito tempo. E sem o compromisso de ter que gerir uma empresa”, conta. Diferentemente do Chiclete, o Asa de Águia passa a ficar em recesso por tempo indeterminado. A ideia é preservar “uma marca, uma banda e uma história feita com muito amor e alegria”, como diz Durval.
Fonte: Odia.ig.com.br
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